Gerontologia Ambiental: a rua como espaço de inclusão dos idosos

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A sociedade como um espaço de envelhecimento e inclusão social”. O grande destaque da programação foi o pesquisador Frank Oswald, da Universidade de Frankfurt (Alemanha), que ministrou a palestra “Gerontologia Ambiental”, na manhã deste segundo dia de evento. Transmitida ao vivo pelos canais oficiais do Sesc/RS na internet, a palestra ministrada pelo professor Oswald combinou teoria científica com exemplos práticos e pode ser conferida na íntegra no vídeo a seguir:

Segundo o pesquisador, comumente observamos apenas os aspectos funcionais do envelhecimento, mas precisamos pensar na integração destas pessoas com o ambiente. Pertencimento, integração e conforto são fundamentais para um processo de enevelhecimento saudável. Isso é possível, por exemplo, através das dinâmicas com os bairros, que tem como consequências a construção de um senso de comunidade. “Processos de agência refletem em conduta diária, atividades cotidianas. Caminhar pelo bairro produz caminhos, identidade e pertencimento. Temos que ser parte da vizinhança”, sugere Oswald. O pesquisador vai além: pondera que a união entre ambiente e pessoa também se aplica à rotina doméstica, desde a organização do lar a gestos considerados banais, como com quem ou o que assistir na televisão, como aproveitar o espaço interno e em qual momento parar para a contemplação, por exemplo, das pessoas que passam pela rua.

Mais tarde, a doutora Bibiana Graeff, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo, apresentou uma palestra que buscou pensar os impactos da implementação dos princípios do projeto Cidade Amiga do Idoso. A partir do tema “Os desafios dos bairros amigos da pessoa idosa“, Graeff baseou sua explanação sobre os resultados alcançados em pesquisa realizada em São Paulo, mais especificamente nos bairros da Mooca e Brás. O objetivo era entender a perspectiva dos idosos sobre temas cotidianos, como espaços abertos, transporte, moradia e inclusão social. A pesquisadora chama a atenção para a resposta à pergunta final dos questionário: como foi participar da pesquisa? “A maioria respondeu com uma pergunta: quando será o próximo encontro? Isso aponta muitos elementos sobre os significados que a dinâmica proporcionou aos idosos”, conta Graeff. Segundo a pesquisadora, a intenção é proporcionar um envelhecimento ativo. Ou seja, o processo de otimização de oportunidades em três pilares: saúde, segurança e participação social.

O Seminário é uma realização do Sistema Fecomércio-RS/Sesc em parceria com o Centro de Estudos Europeus e Alemães (UFRGS/PUCRS) e apoio do Conselho Estadual da Pessoa Idosa do RS, Sistema Fecomércio-RS/Senac e Prefeitura Municipal de Canoas, e recursos do FUNEPI (Fundo Estadual da Pessoa Idosa).

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