Em agosto deste ano, a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) informou que 75% das mortes da pandemia eram de idosos. Atualmente, hoje, sexta-feira, 18 de dezembro, os números dizem que há 186 mil vítimas fatais. Usando o calculo da SBGG, desses cerca de 140 mil foram idosos.
Esse número é cerca de 5% maior do que a pior das previsões. Em marco, o Ministério da Saúde distribuiu um comunicado alertando para cerca de 12 mil mortes no grupo de risco. Uma reportagem num jornal de Minas previu cerca de 33 mil.
O epidemiologista carioca Alexandre Kalache, presidente do International Longevity Center-Brazil , escreveu uma carta-aberta ao Conselho Nacional dos Direitos do Idoso, culpando-o pela omissào diante do que ele chamou de gerontocídio.
Por uma informação da diretora-geral da Frente Nacional de Fortalecimento às Instituições de Longa Permanência para Idosos, a geriatra mineira Karla Giacomin, podemos chegar a conclusões alarmantes. Ela com 500 voluntários estão se organizando para lutar por uma Política Nacional de Cuidados Continuados. “Qualquer pessoa, em qualquer idade, não apenas idosos, pode precisar de atendimento multidisciplinar que é complexo”, afirma Karla Giacomin, que presidiu o Conselho Nacional dos Direitos do Idoso (CNDI),
No último Censo, em 2010, Belo Horizonte contava com 28 instituições segundo o radar do Conselho Nacional de Assistência Social. que abrigavam 800 idosos. Com a pandemia, fez-se nova pesquisa e descobriu-se que só na capital estão em operação 208 lares, a maioria particulares (beneficentes ou não).
O problema dos idosos brasileiros não nasceu durante a quarentena. Apesar do Estatuto do Idoso ter 17 anos e ser considerado uma legislacão abrangente e moderna, as políticas públicas não tornarm a lei eficaz. Infelizmente.
Thereza Christina Pereira Jorge