Idosos frágeis devem ir para asilos (ILPIs)?

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Gradativamente, os responsáveis em gerir os cuidados de idosos frágeis tem despertado para a boa opção que uma Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI) pode ser, à medida que atualmente esses locais vêm se habilitando a oferecer o cuidado integral e multidisciplinar, além da promoção de qualidade de vida a seus hóspedes.

Quando tratamos disso nos referimos a de fato poder olhar para estes idosos pelo foco da POTÊNCIA (suas capacidades), diferente do senso comum que preconiza o olhar para as perdas funcionais, diagnósticos incapacitantes e demais informações que chegam e imediatamente trazem luz apenas para o que o idoso deixou de fazer ou o torna vulnerável (suas deficiências).

  • Para isso, faz-se necessário uma equipe capacitada, articulada e atenta a cada morador. Profissionais capacitados como Terapeutas Ocupacionais, Fonoaudiólogos, Educadores Físicos, Psicólogos, Fisioterapeutas, Psicomotricistas e Arteterapeuta, entre outros, contribuem ao oportunizar a estes idosos espaços de estimulação cognitiva, física, sensorial e social, de forma estruturada, constante e integrada aos demais cuidados.
  • Mas afinal, todos os idosos podem ser estimulados? Mesmo aqueles acamados ou em cuidados paliativos?
  • A resposta é sim!
  • Podemos classificar cada pessoa nos seguintes graus de dependência e estratégias de estimulação:
  • Grau de dependência I: indivíduos independentes, mesmo que requeiram uso de equipamentos de autoajuda. Eles são favorecidos com estratégias de valorização biográfica (contar suas histórias de vida), estimulação cognitiva (jogos, desafios), treinamento para manutenção da independência e autonomia, alongamento e fortalecimento, circulação social, entre outros.
  • Grau de dependência II: idosos com dependência em até três atividades de autocuidado para a vida diária tais como: alimentação, mobilidade, higiene; sem comprometimento mental ou com alteração cognitiva controlada. Beneficiam- se de reabilitação cognitiva, treino de atividades básicas de vida diária (ABVD), exercícios cooperativos e de linguagem, entre outros.
  • Grau de dependência III: idosos com dependência que requeiram assistência em todas as atividades de autocuidado para a vida diária e ou com comprometimento mental. Para estes, a estimulação sensorial, reabilitação cognitiva, posicionamento adequado e alongamento, entre outros, trazem benefício significativo.

COLUNA DR. JAIRO BOUER

2 comentários em “Idosos frágeis devem ir para asilos (ILPIs)?”

  1. A maior alegria dos idosos é ter todos os dias os filhos e netos por perto, eles não devem ser jogados em um depósito de pessoas velhas, por mais que seja uma casa de luxo, sempre será um depósito de pessoas velhas. Eles nunca abandonaram seus filho quando eles nem sabiam comer sozinho. Este abandono é triste e não uma atitude de amor mas uma atitude covarde para quem só deu carinho e cuidado.
    Filhos (as) aguardem pois vocês também ficarão velhos e quem sabe, serão descartados. Aqui se faz, Aqui se paga.

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