Debatedores pedem aprovação de acordo sobre proteção dos direitos de pessoas idosas até outubro de 2023
A convenção interamericana sobre o tema aguarda votação na Câmara desde 2017
Agência Câmara de Notícias
Comissão promove audiência sobre a educação da população idosa
Cerca de 6 milhões de idosos analfabetos, a maioria no no nordeste
Segundo censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mais de 11 milhões de brasileiros são analfabetos. Desses, mais da metade são pessoas com 60 anos ou mais, correspondendo a uma média de seis milhões de idosos que não sabem ler e nem escrever. A situação é mais crítica quando são analisadas as pessoas pretas ou pardas que moram nas regiões norte e nordeste do país.
A educação continuada, além de ser um direito, melhora a saúde das pessoas, reduzindo os gastos públicos com tratamentos médicos e hospitalares. Existem no Brasil mais de 200 programas e projetos de extensão voltados para o ensino dos maiores de 60 anos. É o caso das universidades abertas da terceira idade, que oferecem cursos de graduação e atividades esportivas. Graças aos avanços da ciência e da medicina, as pessoas estão vivendo cada vez mais tempo. O Brasil já tem cerca de 34 milhões de homens e mulheres com 60 anos de idade ou mais. Esses 13% da população devem dobrar nas próximas décadas, segundo a projeção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE.
Thereza Christina Pereira Jorge
A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara dos Deputados realiza audiência pública na próxima quarta-feira (5) para discutir a educação da população idosa.
Para a deputada Reginete Bispo (PT-RS), que solicitou o debate, considerando o aumento da expectativa de vida no Brasil é preciso avaliar a necessidade de propostas educacionais voltadas para a educação ao longo da vida.
“É necessário refletir sobre a visibilidade do sujeito idoso na Educação de Jovens e Adultos (EJA), sendo ele sujeito de direitos com uma proposta pedagógica adequada que ofereça o reconhecimento das suas necessidades e peculiaridades no processo educativo dos espaços escolares”, disse.
Foram convidados para discutir o assunto:
– o coordenador-geral de Política de Envelhecimento Ativo e Saudável da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, Kenio Costa Lima;
– a diretora de Políticas de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação, Claudia Borges Costa;
– a representante da Coordenação Colegiada do Fórum de Educação de Jovens e Adultos da Bahia Marlene Souza Silva;
– a professora da Universidade Federal do Ceará Deuzimar Costa Serra;
– a representante do Instituto Paulo Freire Odete Antônia Bresolin.
Confira a lista completa de convidados
A audiência está marcada para as 14h30, no plenário 12.
Agência Câmara de Notícias
No comando da palestra, a assessora especial para Longevidade da Prefeitura, Ana Bianca Ciarlini, explica a importância da conscientização junto ao público infantil. “Quando transmitimos a empatia pelo idoso para essas crianças, elas entendem que, além de respeitá-lo, também chegarão à mesma idade. Com essa compreensão, teremos a certeza que os pequenos se tornarão idosos saudáveis”.
Atento às informações, o estudante Paulo Camargo, 11 anos, captou o recado. “Temos que cuidar dos nossos avós com amor e carinho. Um dia será com a gente”.
Já a colega Manuele dos Santos, 9, levantou a mão durante a discussão para falar sobre experiências da avó, que diz ser ativa e praticante de esportes. Para a aluna do ensino fundamental I, a palestra trouxe conhecimento. “Eu dou muito amor para a vovó e gostei da palestra, achei importante para mim. Vou falar o que aprendi pra ela”.
Ao final, a turma recebeu cartilhas do Programa ‘Santos Viva + saúde para Longevidade’ e o gibi ‘Turma da Longevidade’, com histórias em que os idosos são protagonistas. Segurando os impressos, as crianças e as professoras se juntaram para tirar fotos e gravar vídeos enquanto gritavam em uníssono a frase: “Viva a longevidade”.
Agora, a missão dos alunos será a de converter o conhecimento em manifestações artísticas que, futuramente, no dia 4 de outubro, serão expostas no Teatro Municipal de Santos. O encontro promoverá o contato intergeracional, com grupos de todas as faixas etárias interagindo em um mesmo ambiente.
O Programa Rede Educativa para Longevidade é uma iniciativa da Assessoria Especial de Longevidade, da Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (Seduc).
Entre o período de quarta (28) a sexta-feira (30), cerca de mil alunos e professores de 11 unidades municipais de ensino vão participar das palestras interativas, que terão como objetivo formar multiplicadores da conscientização sobre a população idosa, levando conhecimento às outras pessoas do seu convívio. Confira a programação completa.
Prefeitura de Santos
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