Envelhecimento Ativo …
… saber que o tempo é HOJE
“Nunca foi tão bom envelhecer. Isso pode parecer uma afirmação curiosa, depois do inventário de gerontofobia, preconceito e discriminação que descrevemos nas páginas anteriores. Mas nunca houve uma época melhor para contestar as narrativas de declínio e resistência ao envelhecimento e para buscar outras pessoas no crescente movimento de aceitação do envelhecimento — aqueles que são a favor da idade. É claro que as condições que tornam o envelhecimento difícil nas sociedades modernas precisam de ação social e política coletiva, mas existem campanhas sobre tudo, desde educação continuada até provisão de banheiros públicos. E existem tantas outras que precisam ser iniciadas ou fortalecidas — apoio, treinamento e salário decente para quem trabalha, por exemplo. Ou o direito de as pessoas mais velhas permanecerem vivas: tanto quanto os mais jovens, os mais velhos precisam tocar e ser tocados; experimentar comida boa; alongar-se, movimentar-se e dançar.
Mary Catherine Bateson sugeriu que hoje “nós temos vidas mais longas e pensamentos mais curtos”. Então, precisamos ajustar nosso pensamento, tanto individual quanto coletivamente: para viver e pensar mais longe. É fácil ficar desanimado no caminho, sentir que as forças contra o envelhecimento no sentido completo, livre e criativo que discutimos aqui são poderosas demais. Mas todo mundo achava que o apartheid e o muro de Berlim durariam para sempre. Os dois, porém, acabaram destruídos. Nós também acabaremos vendo o preconceito contra o envelhecimento e a negação da idade” (from “Como envelhecer (The School of Life)” by Anne Karpf)