Aprendendo a Envelhecer agora mora aqui

 

Envelhecimento Ativo …

… saber que o tempo é HOJE

“Nunca foi tão bom envelhecer. Isso pode parecer uma afirmação curiosa, depois do inventário de gerontofobia, preconceito e discriminação que descrevemos nas páginas anteriores. Mas nunca houve uma época melhor para contestar as narrativas de declínio e resistência ao envelhecimento e para buscar outras pessoas no crescente movimento de aceitação do envelhecimento — aqueles que são a favor da idade. É claro que as condições que tornam o envelhecimento difícil nas sociedades modernas precisam de ação social e política coletiva, mas existem campanhas sobre tudo, desde educação continuada até provisão de banheiros públicos. E existem tantas outras que precisam ser iniciadas ou fortalecidas — apoio, treinamento e salário decente para quem trabalha, por exemplo. Ou o direito de as pessoas mais velhas permanecerem vivas: tanto quanto os mais jovens, os mais velhos precisam tocar e ser tocados; experimentar comida boa; alongar-se, movimentar-se e dançar. 

Talvez devamos renovar os cursos de Treinamento de Consciência da Idade desenvolvidos por Catherine Itzin na década de 1980. Eles permitiam que as pessoas “fossem donas” de sua idade, que pensassem em um grupo seguro sobre o que era bom na idade que tinham, e que discutissem seus medos de envelhecer e esperanças para seu eu futuro envelhecido. Acima de tudo, precisamos nos lembrar de que o envelhecimento é um processo que dura a vida toda, e não algo que acontece no final de nossas vidas: as sementes que plantamos são o que colheremos mais tarde. 

Mary Catherine Bateson sugeriu que hoje “nós temos vidas mais longas e pensamentos mais curtos”. Então, precisamos ajustar nosso pensamento, tanto individual quanto coletivamente: para viver e pensar mais longe. É fácil ficar desanimado no caminho, sentir que as forças contra o envelhecimento no sentido completo, livre e criativo que discutimos aqui são poderosas demais. Mas todo mundo achava que o apartheid e o muro de Berlim durariam para sempre. Os dois, porém, acabaram destruídos. Nós também acabaremos vendo o preconceito contra o envelhecimento e a negação da idade” (from “Como envelhecer (The School of Life)” by Anne Karpf)