BR Idoso_ Balneário Camboriú, SC, dos idosos com qualidade de vida + longevidade

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Camboriú,  “a Miami brasileira?” (Thereza  Christina P. Jorge)

Balneário Camboriú, o metro quadrado mais valorizado do Brasil

Preço médio do metro quadrado na cidade catarinense é de R$ 12.335, segundo a Fipe. Procura por apartamentos e desenvolvimento da região estão entre os motivos.

Engana-se quem pensa que o maior preço por metro quadrado entre os imóveis residenciais no País está em São Paulo ou no Rio de Janeiro. As duas cidades nem sequer integram o pódio, composto, respectivamente, por Balneário Camboriú (SC), Itapema (SC) e Vitória (ES). A capital paulista aparece em quarto lugar, seguida por Florianópolis, Itajaí (ambas em Santa Catarina) e Rio de Janeiro. As informações são do ranking de julho elaborado pela FipeZAP+.

Enquanto os preços do metro quadrado dos imóveis em São Paulo e Rio de Janeiro ficam em R$ 10.549 e R$ 9.926, respectivamente, Balneário Camboriú lidera com folga, com preço médio de R$ 12.335.

De acordo com especialistas ouvidos pelo Estadão, a razão está no desenvolvimento da região, a facilidade de acesso por estradas e aeroportos e a alta procura por apartamentos.

Fernando de Mello Franco, professor da FAU Mackenzie e ex-secretário municipal de Planejamento Urbano de São Paulo, diz que os imóveis na região litorânea de Santa Catarina têm preços elevados devido a fatores que vão além da busca por um lugar para morar ou passar as férias.

“O preço do metro quadrado em Balneário Camboriú não é uma questão de déficit habitacional, como pode acontecer por oferta e demanda. A cidade é relacionada ao veraneio, mas também aos investimentos feitos no alargamento da praia.” Segundo ele, o que impacta os preços dos imóveis não é tanto o valor do metro cúbico de concreto, uma commodity tabelada, mas sim a localização. “Os preços do litoral de Santa Catarina têm muito a ver com a disputa pela praia e pela paisagem.”

CRISTIANO RONALDO. No fim de julho, a construtora FG Empreendimentos lançou um comercial estrelado por ninguém menos que o ícone do futebol português Cristiano Ronaldo. O foco da publicidade, direcionada a atrair clientes no exterior, foi no empreendimento One Tower. Lançado em dezembro do ano passado, o edifício residencial mais alto da América Latina tem 290 metros de altura e 84 andares. Com 20 ambientes de áreas de lazer, cada apartamento foi vendido por cerca de R$ 15 milhões.

O empreendimento não é o mais caro da região atualmente. A própria FG Empreendimentos tem imóveis à venda por até R$ 65 milhões.

Luiz França, presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), afirma que os municípios com maior desenvolvimento econômico geram uma espiral de demanda e valorização. “Cidades com economias diversificadas e forte atividade empresarial geralmente oferecem mais empregos e oportunidades, o que atrai pessoas que estão dispostas a investir.”

PREÇO EM ALTA. Segundo o índice FipeZap, que avalia 50 cidades no País, o preço médio dos imóveis residenciais subiu 5,61% nos últimos 12 meses até junho. A alta foi acima do IPCA, que subiu 3,8% no período.

Para Franco, do Mackenzie, o aumento de construções de prédios não deve reduzir o preço médio devido a uma tendência de imóveis como investimento. “Historicamente, vemos que onde há maior volume de produção imobiliária há oferta não só de apartamentos, mas uma linha de transporte que se conecta a pontos como universidades ou estádios. A procura não é por moradores, é por investidores. A lógica de remuneração é do Airbnb. É a financeirização dos imóveis.” •

Negócio

Para analistas, municípios com maior desenvolvimento econômico geram espiral de demanda e valorização.

O Estado de S. Paulo

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