Ele Envelhece Bem _ Affonso Prazeres, 83, “prefeito” do edifício Copan há 30 anos

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Prazeres conta com uma equipe de 102 pessoas no Copan, edifício-marco do modernismo de Oscar Niemeyer

Há 30 anos, ele é o ‘prefeito’ do edifício Copan

Reeleito, o síndico Affonso Prazeres administra um ícone de SP onde 5 mil pessoas moram ou trabalham.

 

Há 30 anos no cargo, Affonso Prazeres, 83, foi reeleito síndico do Copan, um dos edifícios símbolo de São Paulo, para um mandato de mais dois anos. À coluna, disse que está há tanto tempo ali porque tem experiência e conta com um time: “Faço um trabalho bem feito. Não só eu. Tenho uma equipe de 102 pessoas que trabalham no prédio, entre porteiros, vigias, marceneiro, pintores. Temos inclusive oficinas próprias”. Na eleição realizada no mês passado, nenhum outro candidato se apresentou para o páreo de cuidar do condomínio, formado por 1160 apartamentos e 72 lojas, onde vivem cerca de 5 mil pessoas de diferentes origens e classes sociais.

Após 11 anos de impasses para tirar do papel o restauro da fachada do icônico prédio de Oscar Niemeyer, Prazeres se declara otimista agora: “Desta vez as coisas estão se transformando em realidade”. O projeto da obra foi aprovado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp). A concorrência para selecionar a empresa que vai fazer o trabalho também está para ser concluída. “Espero começar no mês de maio ou junho, com os recursos que temos”, diz. Há R$ 20 milhões em caixa para fazer a obra, mas o síndico fala que vai precisar de muito mais. “O prédio tem condições de colocar publicidade na fachada durante o restauro. Talvez através dessa publicidade a gente encontre os recursos que faltam”, afirma. São 47 mil metros quadrados de pastilhas que estão descolando e precisam ser renovadas – uma tela de proteção foi instalada para que fragmentos não atinjam as pessoas e animais que estão na rua. Administrador aposentado, exsubprefeito da Penha na época de Jânio Quadros, Prazeres não pensa em parar de ser síndico do Copan: “É o destino de todo brasileiro: você se aposenta e continua trabalhando”.

O Estado de S. Paulo

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