Um desafio comum para todas as economias mundiais é aprender a manejar da melhor forma possível a saúde da população idosa, já que a tendência é o aumento da expectativa de vida populacional em inúmeros países. Os Estados Unidos, que até 2018 tinham 52 milhões de idosos, terão pelo menos 95 milhões em 2060.
Nesse cenário, o Japão se destaca como uma possível amostra do que está para acontecer com as demais nações. Com uma grande população de idosos (por conta da taxa de natalidade baixa e diminuição da imigração) que deve ser reduzida em cerca de 40 milhões até 2065, o País deve ter um terço de seus habitantes na terceira idade até 2036.
Nesse cenário, o Japão se destaca como uma possível amostra do que está para acontecer com as demais nações. Com uma grande população de idosos (por conta da taxa de natalidade baixa e diminuição da imigração) que deve ser reduzida em cerca de 40 milhões até 2065, o País deve ter um terço de seus habitantes na terceira idade até 2036.
![Enquanto na Índia prevalece o cuidado familiar com idosos, Japão se move para independência deles. (Fonte: Pixabay)](https://i0.wp.com/summitsaude.estadao.com.br/wp-content/uploads/2022/03/enquanto-na-india-prevalece-o-cuidado-familiar-com.jpeg?resize=1920%2C1440&ssl=1)
Na Índia, os grandes grupos familiares agregados ainda são comuns. Os cuidados com os familiares mais velhos normalmente recaem sobre as representantes femininas. Então, 41% das pessoas com 60 anos ou mais vivem com o cônjuge e os filhos adultos; enquanto 28% vivem com os filhos adultos, mas sem cônjuge, de acordo com Longitudinal Aging Study in India (Lasi), de 2020.
Diferentemente de países como a Índia, onde o cuidado familiar prevalece, principalmente realizado em casa pelas filhas, o Japão tem a necessidade de um sistema do governo que forneça cuidados a longo prazo. Em 2000, eram 67% das mulheres entre 25 e 64 anos empregadas formalmente.
Logo no início dos anos 2000, o governo japonês lançou o Seguro de Cuidados de Longo Prazo (LTCI) com a ideia, justamente, de transferir o cuidado das pessoas com mais de 65 anos de casa. Eles passam a receber um apoio que pode incluir a residência em um lar de idosos e outras necessidades pessoais. O dinheiro destinado aos tratamentos é direcionado diretamente aos estabelecimentos responsáveis, e não ao beneficiário.
Entre as mudanças promovidas pelo programa estão os 600 mil cidadãos a mais entre 2000 e 2018 atuando como força de trabalho — em sua maioria mulheres que deixaram preocupações familiares com idosos. Apesar disso, no mesmo intervalo de tempo, o número de pessoas em idade ativa diminuiu em 11 milhões.E
Em casa?
![Famílias indianas costumam manter cuidados da velhice em casa. (Fonte: Pixabay)](https://i1.wp.com/summitsaude.estadao.com.br/wp-content/uploads/2022/03/familias-indianas-costumam-manter-cuidados-da-velh.jpeg?resize=1920%2C1280&ssl=1)
No entanto, o profissional não encontrou nenhum resultado conclusivo. Por isso, ele defende que um modelo híbrido seria o melhor caminho a seguir: o idoso permaneceria em casa o tempo necessário para receber cuidados e atenção da família, mas sem atrapalhar o desenvolvimento profissional das mulheres.
Cada país tem uma realidade socioeconômica diferente e, portanto, não é possível indicar uma única alternativa para solucionar a crise de cuidados a longo prazo que o mundo está prestes a vivenciar.
Seja com soluções tecnológicas, programas de incentivo financeiro ou o apoio ao tradicional cuidado residencial, a solução encontrada pode ser diferente em cada parte do mundo ou pode resultar em uma combinação de todas essas.
Nature/Estadão