O Século da Longevidade trouxe com ele a tragédia da violência contra os idosos

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Que realidade terrível! No Século da Longevidade, o  20, a Organização Mudial de Saúde (OMS) registrou um aumento assustador dos casos de violência contra os idosos no mundo todo. E a violência institucional praticamente foi incorporada à cultura brasileira. Fala-se muito da física, financeira e da psicológica.

A Organização Mundial da Saúde, OMS, alertou que milhões de idosos relatam diversos tipos de abusos todos os meses. Segundo a OMS, esse é um grande problema de saúde pública que tende a piorar em vários países com a previsão do aumento da população de pessoas com mais de 60 anos.

Agora, no próximo dia 14, quarta-feira, o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC) intensificará a sua campanha Junho Violeta com um seminário para reforçar a mensagem do Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa,15 de junho.

A abertura oficial do evento, marcada para as 14h , com a presença do ministro Silvio Almeida, será  no auditório do subsolo do bloco A da Esplanada dos Ministérios, e será aberta ao público interessado e à imprensa. As inscrições podem ser feitas por meio de formulário eletrônico disponível neste link.

Pouca Informação
A agência da ONU cita que os abusos em asilos e clínicas especializadas incluem a contenção física dos pacientes, privação da dignidade, como por exemplo deixá-los com roupas sujas e prestação insuficiente de cuidados. A OMS declarou que existe muito pouca informação sobre a extensão dos abusos cometidos contra pessoas mais velhas, principalmente nos países em desenvolvimento.
A organização calcula que num período de 30 anos, entre 1995 e 2025, a população acima dos 60 anos vai mais do que dobrar, passando de 542 milhões para 1,2 bilhão.
Medo
A agência diz que os idosos geralmente têm medo de denunciar abusos para a família, amigos ou até mesmo às autoridades. A OMS cita o Relatório sobre Prevenção da Violência, lançado esta semana, que mostrou uma pesquisa feita com trabalhadores de asilos nos Estados Unidos.
Os dados mostram que 36% deles presenciaram algum caso de abuso contra um idoso no último ano. Outros 10% disseram que eles próprios cometeram pelo menos um caso de abuso físico contra pessoas mais velhas. A pesquisa mostrou ainda que 40% dos trabalhadores de asilos americanos confessaram ter abusado psicologicamente dos pacientes durante o mesmo período.
A OMS adverte que as consequências desses tipos de abusos podem ser muito sérias já que os ossos das pessoas idosas são mais frágeis e a recuperação muito mais longa.
DA OMS à Três Pontas, MG

Há alguns anoso o então presidente do Conselho Municipal do Idoso da Vila Vicentina José Rodrigo Ferreira, denunciou uma violência que já virou parte da cultura. Fala-se muito pouco dela.

“É comum a violência institucional, provocada pelos próprios órgãos públicos que não atendem da forma que deveriam em postos de saúde, pronto atendimentos municipais entre outras instituições, principalmente privadas, que não garantem a acessibilidade necessárias, apesar de tê-los garantidos em lei.

Vários setores da sociedade vem debatendo, a importância do idoso estar inserido nos orçamentos, principalmente aquele dependente. Hoje existe a política do idoso em geral, mas existe uma falha com aqueles que precisam de cuidados especiais, que fazem uso de medicação contínua, que muitas vezes é cara e para conseguir no setor público, é necessário usar medidas judiciais, colocando inclusive o Ministério Público no debate. “Por isto a gente defende que os idosos estejam inseridos no Orçamento das três esferas de governo”, alertou José Rodrigo.

Outro crime comum e corriqueiro é a violência financeira, um problema vivido com os próprios idosos que estão na Vila Vicentina. Também, se trata de um comportamento institucionalizado. Familiares aproveitam do pouco conhecimento que eles tem para fazer empréstimos em bancos e instituições financeiras, que acabam sendo coniventes, porque conhecem a deficiência que eles enfrentam e mesmo assim liberam dinheiro, comprometendo a renda, quase na sua totalidade. O próprio Conselho do Idoso tem combatido muito isto em Três Pontas, mas é difícil impedir que eles aconteçam.

 

Thereza Christina Pereira Jorge com pesquisa na internet

imagem destacada _ ilustração do jornal da USP

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