Que realidade terrível! No Século da Longevidade, o 20, a Organização Mudial de Saúde (OMS) registrou um aumento assustador dos casos de violência contra os idosos no mundo todo. E a violência institucional praticamente foi incorporada à cultura brasileira. Fala-se muito da física, financeira e da psicológica.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, alertou que milhões de idosos relatam diversos tipos de abusos todos os meses. Segundo a OMS, esse é um grande problema de saúde pública que tende a piorar em vários países com a previsão do aumento da população de pessoas com mais de 60 anos.
Agora, no próximo dia 14, quarta-feira, o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC) intensificará a sua campanha Junho Violeta com um seminário para reforçar a mensagem do Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa,15 de junho.
A abertura oficial do evento, marcada para as 14h , com a presença do ministro Silvio Almeida, será no auditório do subsolo do bloco A da Esplanada dos Ministérios, e será aberta ao público interessado e à imprensa. As inscrições podem ser feitas por meio de formulário eletrônico disponível neste link.
Há alguns anoso o então presidente do Conselho Municipal do Idoso da Vila Vicentina José Rodrigo Ferreira, denunciou uma violência que já virou parte da cultura. Fala-se muito pouco dela.
“É comum a violência institucional, provocada pelos próprios órgãos públicos que não atendem da forma que deveriam em postos de saúde, pronto atendimentos municipais entre outras instituições, principalmente privadas, que não garantem a acessibilidade necessárias, apesar de tê-los garantidos em lei.
Vários setores da sociedade vem debatendo, a importância do idoso estar inserido nos orçamentos, principalmente aquele dependente. Hoje existe a política do idoso em geral, mas existe uma falha com aqueles que precisam de cuidados especiais, que fazem uso de medicação contínua, que muitas vezes é cara e para conseguir no setor público, é necessário usar medidas judiciais, colocando inclusive o Ministério Público no debate. “Por isto a gente defende que os idosos estejam inseridos no Orçamento das três esferas de governo”, alertou José Rodrigo.
Outro crime comum e corriqueiro é a violência financeira, um problema vivido com os próprios idosos que estão na Vila Vicentina. Também, se trata de um comportamento institucionalizado. Familiares aproveitam do pouco conhecimento que eles tem para fazer empréstimos em bancos e instituições financeiras, que acabam sendo coniventes, porque conhecem a deficiência que eles enfrentam e mesmo assim liberam dinheiro, comprometendo a renda, quase na sua totalidade. O próprio Conselho do Idoso tem combatido muito isto em Três Pontas, mas é difícil impedir que eles aconteçam.
Thereza Christina Pereira Jorge com pesquisa na internet
imagem destacada _ ilustração do jornal da USP