Em setembro, lagoas nos Lençóis Maranhenses

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Alta temporada vai até setembro, quando há mais lagoas cheias

As principais atrações dos Lençóis Maranhenses são as lagoas de água doce, que enchem entre janeiro e junho, durante a época das chuvas. Por isso, a alta temporada começa no fim de junho e segue até setembro, quando elas começam a secar. Mas o parque nacional está aberto para visitação o ano inteiro. Há beleza nas lagoas de vários níveis: desde as muito cheias, que transbordam e formam áreas emendadas, às que já estão mais rasas pelo processo de seca e onde é possível até ver algas ao fundo.

De acordo com Genilson da Silva Castro, guia turístico nos Lençóis Maranhenses, que nasceu e cresceu na região, ninguém precisa mudar os planos das férias por causa do nível das lagoas. “Agosto é o mês em que mais venta e, por isso, algumas delas já começam a secar. As que recebem mais visitas são as que costumam secar primeiro, mas o parque é enorme e existem lagoas lindas para visitar o ano todo, tomar banho e se divertir. Quando as mais próximas secam, levamos os turistas para as mais distantes e o espetáculo é o mesmo”, diz o guia que coordenou os meus passeios na região. Sete dias é suficiente para explorar as lagoas e São Luís, a capital.

Barreirinhas é a principal base para conhecer os Lençóis Maranhenses. A cidade possui uma estrutura mais completa para receber turistas, especialmente grupos com família.

Dois passeios imperdíveis incluem visita às lagoas Bonita e Azul. Você pode escolher uma para fazer em meio período, dependendo do tempo disponível, mas algumas agências optam por passeios de dia inteiro, incluindo os dois pontos do circuito ( R$ 210 por pessoa na Levada Turismo).

Com mais um dia disponível, faça o passeio de lancha pelo Rio Preguiças (R$ 100 na Levada). Há paradas em Vassouras, em Mandacaru e no Caburé, onde é possível almoçar, descansar na rede ou pagar um passeio de quadriciclo pela praia até os cataventos gigantes que produzem energia eólica. •

Atins é uma vila de pescadores que faz parte do município de Barreirinhas. Além das lagoas próximas, tem praia e é um dos destinos mais procurados por quem pratica kitesurfe.

O tempo está curto? Você pode fazer um bate e volta para conhecer os cantos de Atins e lagoas como a da Capivara. Algumas agências fazem o trajeto de 4×4 (prepare-se para o sacolejo), outras fazem de barco, que pode ser direto ou com paradas pelos povoados vizinhos. Por pessoa, o barco custa R$ 150 (Levada Turismo).

Caso tenha uns dias a mais, hospede-se em uma das pousadas do povoado e tire um dia livre para caminhar pelas ruas de areia fofa até a praia. Curta a gastronomia local em algum dos restaurantes charmosos do vilarejo ou o agito dos bares à beira-mar.

Se você se encantou com imagens de lagoas próximas umas das outras, no meio daquela imensidão de dunas, provavelmente as fotos foram tiradas em Santo Amaro do Maranhão. Dá pra fazer um bate e volta de Barreirinhas para Santo Amaro, mas existem tantos passeios legais que vale a pena se hospedar por lá para aproveitar ao máximo a região.

ONDE PARAR

A cidade ainda está se estruturando para o turismo, mas já possui várias pousadas e alguns restaurantes no centro – prove o camarão da Malásia com arroz de cuxá do Restaurante do Gordo (R$ 180 para 2 pessoas) –, além de ficar próxima do Parque Nacional, o que facilita a locomoção e reduz o tempo de desconforto no trajeto de 4×4.

A principal atração é o passeio das Lagoas Emendadas, realizado à tarde – termina com um pôr do sol de tirar o fôlego. Arrisco dizer que foi uma das paisagens mais lindas que já vi na vida. Prepare-se para a caminhada e aproveite todas as paradas para se refrescar nas águas cristalinas. Na Mirotur, sai a R$ 130 por pessoa.

Outro passeio é o Circuito Betânia – R$ 130 por pessoa, na Mirotur. Dura o dia inteiro, contempla diversas lagoas, tem parada para almoço e também termina após o pôr do sol. Não se engane achando que o roteiro é parecido, a paisagem muda a cada dia. Se tiver oportunidade, inclua no roteiro o nascer do sol nas dunas. Algumas agências fazem esse passeio apenas de forma privativa (até 5 pessoas) e custa, em média, R$ 900.

Compacto do Estadão

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