Saúde Física e Saúde Social são dependentes

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O nome é comprido: determinantes sociais de saúde (SDOH em inglês) e vem ganhando cada vez mais espaço nas discussões de políticas públicas para a população. Trata-se do conjunto de fatores relevantes para o bem-estar de um indivíduo, englobando segurança financeira; acesso a educação e saúde; a moradia e seu entorno; o contexto social. Exemplos não faltam: como receitar um medicamento que necessite de refrigeração se a pessoa não tem geladeira ou vive num local com frequentes interrupções de energia? Como recomendar que o paciente caminhe e faça exercícios se ele mora numa área violenta? Esse foi o tema de um seminário on-line que acompanhei no dia 9 de março, cuja estrela foi Nichola Davis, professora da faculdade de medicina da New York University. Ela coordena o sistema público hospitalar da região – o maior do país – e diz que vivemos um momento crucial no exercício da medicina:

Nichola defende que a atuação do médico seja ampliada, de forma que ele também investigue o perfil social de seus pacientes, mas afirma que o sistema de saúde não pode se limitar a identificar as necessidades: “precisamos dar suporte para que as pessoas encontrem caminhos para diminuir sua insegurança alimentar, ou tenham acesso a apoio legal para conseguir benefícios”.

Seth Berkowitz, professor associado da faculdade de medicina da University of North Carolina, enfatizou que, embora o sistema de saúde tenha avançado bastante no campo da prevenção, se limita a responder às condições existentes: “ainda estamos mitigando problemas, sem reformular nada. E precisamos ser humildes e ouvir as pessoas para entender qual é a melhor forma de ajudá-las”.

 

Trecho de conteúdo do blog Longevidade Modo de Usar, Marisa Tavares/G1

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