Aprendendo Envelhecer _ “Fiquei em recuperação; não vou passar de ano”

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Todo mundo relembrou a música do Renato Russo, “Eduardo e Mônica”,  no filme que acabou de passar..

“Quem um dia irá dizer que não existe razão
Nas coisas feitas pelo coração
E quem me irá dizer que não existe razão

Só que nessas férias não vão viajar
Porque o filhinho do Eduardo
Tá de recuperação ah-ah-ah”

Também fiquei. A lista “Recuperação” tem inúmeras matérias. Tempo. Quarentena. Tempo perdido. Dois anos e dois meses (até agora) de perdas.

Temo não existir Prorrogação no segundo tempo da vida. O meu envelhecimento foi acelerado.

Saudades do Normal. Do cotidiano. Do Descuido. De caminhar na praia e mergulhar.

A palavra  Irrecuperável desafia.

Valorizo mais a vida? Acho que sim. Valorizo mais o tempo restante do Segundo Tempo? Acho que sim.

Aprendi a escolher os remédios pelos “colaterais”.  Por exemplo, para a enxaqueca há remédios com colateral ruim e com o bom.

Lembro que no colégio Santa Úrsula  nunca fiquei em recuperação. Mas sei que não era o fim do mundo. Minhas irmãs ficavam mas passavam de ano; perdiam um pouco das férias, Papai Noel escolhia os presentes  do final da carta; mas tudo bem. 

Ninguém passava fome por estar em recuperação. Talvez os 10 dias de férias em Paquetá (e não os meus quase dois meses) empatassem em custo & benefício. Porque o namoro começava depois do carnaval do PIC (Paquetá Iate Clube).  

Minha irmã Gracinha (Maria das Graças) me mandou hoje pelo Zap esta figurinha. Acho que foi um recado de Deus

Alguém me disse que Deus derrama misericórdias toda a manhã.

Vida X Morte = 1 a 0

 

 

PS: escrevi no final da quarentena mas ainda estou nessa atmosfera.

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