Em parceria com o Centro de Pesquisa e Educação em Envelhecimento (Crea), da UC Berkeley, da Califórnia, nos Estados Unidos, pesquisadores estão empenhados em buscar soluções para a longevidade, aliando tecnologia e inovação. Os trabalhos desenvolvidos pelo grupo permeiam, por exemplo, modelos matemáticos que reproduzem níveis de cortisol no organismo, como forma de reduzir a vulnerabilidade da população idosa a diversas doenças. O uso de linguagem computacional é utilizada para compreensão de variação de hormônios no ciclo circadiano e, inclusive, criar uma alternativa para experimentos in vivo.

Professora Bárbara Quintela possui experiência com desenvolvimento de modelos matemáticos aplicados à compreensão de fenômenos biológicos

coordenadora do projeto e vice-diretora do Departamento de Ciência da Computação, Bárbara Quintela, parceira de longa data do Crea, informa que a colaboração vai além do Brasil e EUA, envolvendo também pesquisadores do Canadá, Havaí e Portugal. A ideia é unir profissionais ao redor do mundo para pesquisar e chegar em um objetivo comum: “Na ciência não fazemos nada sozinhos, precisamos de um time para fazer tudo. É ótimo poder trabalhar em um projeto com pessoas diversas, com experiências diferentes, porque nós sempre estamos aprendendo um com o outro.”

A pesquisadora ressalta que, quando se tem o mesmo objetivo, as coisas são feitas bem mais rápido. “Para resolver um grande problema, precisamos de muitas pessoas trabalhando juntas, grandes mentes trabalhando juntas.”

Para o diretor do Crea, Steven Garan, essa parceria é inovadora e única. “Ninguém está fazendo o que nós estamos. Nós vamos desacelerar o envelhecimento. Vamos viver por muito tempo. Estamos construindo um modelo de como as pessoas envelhecem para desacelerarmos isso. De certa forma, será possível permanecer com 30 anos por mais tempo. Há 150 anos atrás, a vida não era boa para muita gente. Hoje, viver é divertido para muita gente. Não é apenas viver por mais tempo, mas viver mais e mais saudável. Não é passar a vida, mas aproveitar a saúde”, projeta.