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O governo federal está redefinindo o Brasil como um país que cuida de sua população, desenvolvendo uma Política e um Plano Nacional de Cuidados. A participação popular é fundamental para que essa iniciativa responda efetivamente às demandas e necessidades da população brasileira em toda a sua diversidade._
O prazo de participação na Consulta Pública sobre a Política Nacional de Cuidados foi prorrogado! *A população tem até dia próxima sexta, dia 22/12, para contribuir.* É possível participar online através de dois instrumentos:
No Participa + Brasil, você vai opinar sobre o Marco Conceitual da Política, documento que informa o escopo, os sujeitos de direitos e públicos beneficiários, princípios e diretrizes da Política. Acesse com sua conta gov.br
Link: _https://www.gov.br/
O formulário eletrônico contém perguntas sobre suas demandas de cuidado. Quais serviços você acessa e quais sente falta? O que você gostaria de propor para a Política? Conta pra gente!
Link: _https://docs.google.com/
O quê são políticas de cuidado?
Parlamentares e representante da OPAS foram recebidos pelo presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia. No encontro, a agência das Nações Unidas colocou como prioridade a instituição de políticas de cuidados, por todos os países da região
Já a representante da OPAS no Brasil, Socorro Gross, afirmou que a dinâmica de envelhecimento no país só é comparável à da China. Por isso, as políticas públicas devem reforçar o atendimento específico e contínuo aos idosos e o país deve aumentar os recursos para a saúde.
Fundada em 1902, a OPAS é a organização internacional de saúde pública mais antiga do mundo. Ela atua como escritório regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para as Américas.
“O cuidado dessas pessoas é um cuidado que tem que ser o que nós chamamos cuidados que são prolongados. Algumas pessoas têm doenças crônicas, outras pessoas envelhecem sem doenças, mas sempre vão precisar de cuidados mais prolongados”, observou.
Uruguai
Uruguai é o país da América do Sul com maior número de idosos e onde a Política de Cuidados é responsabilidade do Estado.
Vizinho do Brasil pemitiu funcionamento do comércio e impôs poucas restrições; mesmo assim, pesquisas apontaram que mais de 90% dos uruguaios ficaram em casa; país só teve 22 mortes até agora.
O Sistema Nacional Integrado de Cuidados foi implantado oficialmente no Uruguai em novembro de 2015. O principal objetivo é garantir o direito aos cuidados a idosos, crianças e pessoas com algum tipo de deficiência. Outra intenção é equilibrar a responsabilidade por estes cuidados entre homens e mulheres, após o reconhecimento de que, historicamente, a população feminina tem maior sobrecarga de trabalho nesta atividade.
O sistema conta com uma Junta Nacional de Cuidados, integrada por vários ministérios e responsável pelas políticas públicas do setor. Foi criada também uma Secretaria Nacional de Cuidados. E existe um Conselho Consultivo, do q
Fiocruz
A Fiocruz enviou ao governo de transição um documento que mostra a urgência de retomar políticas de proteção à terceira idade. Assinado pelo Comitê de Saúde da Pessoa Idosa da Fiocruz, ele traz propostas que pretendem contornar o desmonte sofrido nos últimos anos.
Daniel Groisman, professor-pesquisador da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), explicou que o assunto é intersetorial, portanto, exige medidas em diversas frentes. Ele destacou na oportunidade a necessidade de criação de um grupo de trabalho para elaboração de uma política nacional integrada de cuidados.
Groisman afirmou então : “Entendemos que uma política nacional de cuidados está estruturada em alguns eixos. Por exemplo, a necessidade de criação de um serviço público com cuidadores de idosos domiciliares. A implantação de medidas voltadas para fortalecer a rede de apoio das pessoas cuidadoras, grupos de apoio nos equipamentos das políticas públicas. A criação de estratégias que possam proteger financeiramente familiares que se dedicam ao cuidado, sobretudo aqueles que o fazem em tempo integral. A necessidade é de uma política de educação permanente. Tanto para os profissionais de saúde em temas relacionados ao campo da saúde da pessoa idosa, quanto para cuidadores, que necessitam urgentemente de maior acesso à informação, formação, qualificação, orientações e apoio.”
Thereza Christina Pereira Jorge com agência Câmara e assessorias