Proteção de 4ª dose em idoso é de curta duração

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A vacinação com a 4.ª dose do imunizante da Pfizer/biontech reduziu as taxas de covid19 entre os idosos, mas a proteção contra a infecção se mostrou de curta duração, indicou um grande estudo realizado em Israel e publicado ontem no New England Journal of Medicine. A coleta dos dados foi realizada entre janeiro e março, período em que a variante Ômicron, mais transmissível, passou a ser predominante no país.

Os resultados apontaram que a proteção do segundo reforço (outro nome dado à 4ª dose) contra infecções diminuiu após quatro semanas. Ao mesmo tempo, a proteção contra quadros graves não caiu durante seis semanas após a dose, mas mais estudos de acompanhamento seriam necessários para avaliar sua proteção a longo prazo, disseram os pesquisadores israelenses.

O estudo com 1,3 milhão de pessoas com 60 anos ou mais analisou dados do banco de dados do Ministério da Saúde de Israel entre 10 de janeiro a 2 de março. Os resultados foram publicados antes de uma reunião da agência sanitária americana (FDA, na sigla em inglês) para discutir a necessidade de uma 4.ª dose para a população. Há uma semana, os Estados Unidos autorizaram uma segunda dose de reforço para pessoas com 50 anos ou mais em meio à disseminação da BA.2, subvariante da Ômicron.

No Brasil, o Ministério da Saúde anunciou recentemente a recomendação para a aplicação da 4.ª dose em idosos acima de 80 anos de todo o País. Anteriormente, o imunizante era recomendado somente para pessoas com comorbidades com 12 anos ou mais. A administração da 4ª dose da covid vem sendo ampliada também de forma autônoma em alguns Estados. Em São Paulo, por exemplo, o imunizante é administrado em grupos com 60 anos ou mais desde o início desta semana. Anteriormente, Mato Grosso do Sul já havia anunciado a medida, com a justificativa de que a proteção conferida com o primeiro reforço estava caindo entre os idosos.

Os ministros da Saúde europeus também pediram ao governo do bloco para apoiar uma quarta dose para pessoas com mais de 60 anos. Na Ásia, a Coreia do Sul começou a distribuir o segundo reforço da vacina contra covid em fevereiro e Cingapura disse que uma segunda dose de reforço está planejada para aqueles com 80 anos ou mais.

PFIZER. Outro estudo de Israel mostrou no mês passado que os idosos que receberam uma segunda dose de reforço da vacina da Pfizer tiveram uma taxa de mortalidade 78% menor do que aqueles que receberam apenas uma. Israel começou a oferecer um segundo reforço em janeiro. Quadros graves Proteção contra quadros graves não diminuiu após seis semanas, mas faltam análises aprofundadas

O Estado de S. Paulo

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