Uma ideia: “Quebre o código da idade”, Becca Levy

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Breaking the Age Code: How Your Beliefs About Aging Determine How Long and Well You Live (Quebrando o código da idade: como suas crenças sobre o envelhecimento determinam quanto e quão bem você vive, em tradução livre)

Você já ouviu falar em economia prateada? Com o aumento na expectativa de vida da população mundial, o mercado está ligado no potencial de consumo desta fatia, que não apenas está vivendo mais, mas também continua ativa. E o fato de podermos vivenciar a terceira idade com mais plenitude e saúde é uma das nossas maiores conquistas como sociedade. Porém, apesar dessas transformações, o envelhecimento ainda é rodeado de estereótipos.

Esta é uma oportunidade incrível para repensar o que significa envelhecer. Em nossas vidas, temos fatores que não podemos controlar, como onde nascemos e quais são os nossos genes. Mas Becca Levy, professora da universidade de Yale e autora do livro Breaking the Age Code: How Your Beliefs About Aging Determine How Long and Well You Live (Quebrando o código da idade: como suas crenças sobre o envelhecimento determinam quanto e quão bem você vive, em tradução livre), estuda os fatores que podemos controlar para melhorar nossa experiências com o nosso envelhecimento.

Ao longo de décadas de pesquisa, ela reuniu insights sobre o processo de envelhecer e como a experiência pode mudar conforme mudamos nossa mentalidade sobre o tema. A Inc. reuniu quatro deles:

1. A memória não precisa piorar com o avanço da idade

É comum dizer, ao sofrer lapsos de memória, que a culpa é da idade. Mas na verdade, esquecer as coisas pode acontecer em qualquer momento, independentemente da idade.

“Pessoas mais velhas não são as únicas que sofrem com momentos de esquecimento. Dizer que você está se esquecendo de algo porque está ficando mais velho indica o mecanismo e os efeitos do ageísmo”, explica Levy.

Ageísmo (ou idadismo) é o termo utilizado para designar o preconceito contra idosos ou visões estereotipadas sobre o que é ser idoso.

2. A mentalidade é a chave

Para determinar se as opiniões sobre o envelhecimento podem influenciar a saúde, a professora realizou um estudo: ela examinou um questionário que perguntou aos participantes, todos com 50 anos ou mais, sobre o que pensavam sobre o assunto, respondendo perguntas como: “Você acredita que ao ficar mais velho, torna-se menos útil?”.

Ao longo de duas décadas, a saúde dos participantes foi avaliada. A professora descobriu que aqueles com mentalidade mais positiva eram mais ativos e tinham mais saúde do que os que tinham uma visão negativa.

3. A saúde mental não necessariamente piora com a idade

“Ao contrário do que as pessoas assumem, problemas de saúde mental são menos comuns nos idosos do que nos jovens adultos”, afirma Levy.

Existe uma tendência de não diagnosticar ou fazer diagnósticos errados para pacientes mais idosos que acontece porque médicos tendem a descartar os sintomas dos mais velhos. Quando eles descobrem ideação suicida ou depressão em idosos, eles são muito menos propensos a tratá-la, assumindo que é uma característica inevitável do envelhecimento.

4. Pensamento positivo pode aumentar a expectativa de vida

A pesquisa de Levy mostra que a nossa mentalidade sobre a idade pode influenciar mais do que gênero, raça, status socioeconômico, idade, solidão e saúde. A mentalidade pode diminuir ou aumentar a expectativa de vida em quase 8 anos, trazendo uma vantagem de sobrevivência ainda melhor do que colesterol baixo, pressão arterial baixa, índice de massa corporal baixo ou evitar fumar.

Além de prolongar a expectativa de vida, a mentalidade positiva também permite que esses anos sejam mais criativos e tragam maior sensação de propósito.
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