Quando oficialmente entrei na terceira idade entendi que além da minha saúde, o tempo era o outro bem precioso.
Tomei duas decisões radicais. Troquei um emprego estável por uma aventura: este site. E como consequência disso aceitar os riscos dessa aventura com alegria e disposição. Todos os dias.
A outra decisão foi evitar dois extremos. Afobar-me diante da falta de tempo, real ou filosófica (” à medida que o tempo passa…”) ou descansar achando que o tempo vai ser elástico para sempre.
Diante dessa nova conjuntura, estou aprendendo algo precioso: selecionar atividades que deem retorno (mesmo que no longo prazo). Ou seja: escolher bem meus investimentos, incluindo os afetivos.
Na década de 1980 havia racionamento de gasolina. E lembro de um texto publicitário que recomendava: “se souber usar não vai faltar”. Tenho aplicado esta máxima no meu cotidiano.
Saúde e tempo se tornaram para mim bens escassos.
É desagradável falar nisso? É, sim. Mas bem pior é não me dar conta que um tesouro valioso está se escoando ralo abaixo. Como goteira persistente. Tenho ficado alerta para que o ritmo deste gotejar seja mais ou menos controlado. Como? Exercícios, alimentação, monitoramento da saúde, cultivo de familiares e amigos além de buscar um constante enriquecimento do espírito.
Thereza Christina Pereira Jorge,