Pela primeira vez no Brasil, os dados de mais de nove mil pessoas maiores de 50 anos foram analisados por pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP, que validaram a capacidade intrínseca e seus cinco pilares como nova forma de avaliar o envelhecimento saudável. Essas competências físicas e mentais garantem autonomia na vida diária. Desde se locomover, se vestir, tomar banho, se alimentar, até administrar as finanças, trabalhar e aproveitar o lazer.
O professor de Geriatria da Faculdade de Medicina da USP Márlon Aliberti explica o que inclui cada pilar:
- Cognição: memória, raciocínio e julgamento
- Psicológico: sintomas depressivos e a qualidade do sono
- Mobilidade: o caminhar e o equilíbrio
- Sensorial: como a pessoa enxerga e ouve, que é fundamental para nossa interação com o meio ambiente
- Vitalidade: mede a energia para executar as coisas (força) e envolve alguns aspectos nutricionais
“A capacidade intrínseca, que essa medida de idade biológica consegue medir é aquilo que mais importa para o indivíduo, a medida em que ele envelhece, que é se manter autônomo, independente e apto para as coisas que ele gosta de fazer no dia a dia”, explica Márlon Aliberti.
Aula de psicomotricidade promove consciência corporal em idosos ao reunir atividades para o corpo, cérebro e alma
O Globo Repórter conversou com o educador físico, bailarino, coreógrafo e terapeuta corporal Ivaldo Bertazzo, que trabalha há mais de 40 anos com a reeducação dos gestos. Ele criou o premiado método Bertazzo, cujos exercícios misturam equilíbrio, raciocínio, noção do espaço, controle da postura e dos movimentos, e ainda mexem com o emocional e o psicológico. Tudo para estender o prazo de validade das habilidades motoras e da atividade cerebral, que vão se desgastando com o tempo e que precisamos manter ativas para as tarefas corriqueiras no nosso dia a dia. As ferramentas para as aulas são as mais variadas e, algumas, bem caseiras.
Este conteúdo é um compacto do programa Globo Repórter de 2 de dezembro passado