Aprendendo Envelhecer _ Boas Escolhas? Não, boas escolhas

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Diário

4a. feira, 23

Fiz questão de separar as duas escolhas. Boas Escolhas são aquelas que a juventude e os pais recomendam. O marido, o número de filhos, a faculdade, a profissão etc … boas escolhas são as que estão me obrigando a ficar em recuperação e não passar de  ano.

Envelhecer é um aprendizado, mas às vezes os modelos são pré-formatados. Horários, amigos, hábitos, remédios, vinhos, figurino, geladeira etc.

Preciso recuperar therezas que ficaram nas cartas que os amigos guardaram para mim. Eu já tinha esquecido.

Um pouco criança, um pouco adolescente, pula, pula, fast forward até o final da menopausa. Pausa.

Quarta-feira. Cuidado nas escolhas.

Qual o caminho? O mais vazio, o da avenida, o da praia?

Onde almoçar? No vegetariano;  no caminho:? Só um lanche? O meu point agora está  sem opções. E as moças que lá servem estão sem dormir por causa do filho que está no nebulizador. Apagadas…

E aquele lugar tenebroso, cinza, triste e de uma única pessoa alegre. Tudo bem? Tudo ótimo!

Vou ter de ir. Meu cartão precisa ser desbloqueado …

Boas escolhas: ir direto ao tenebroso, chatices primeiro, ir ao café, pedir um coado e comer com uma empanada (nome feio) de berinjela. As moças estão levemente maquiadas, alegres e amáveis. Deixaram as crianças na creche da comunidade.

Saio para cometer o meu “ïmpensado gesto” que o aprender a envelhecer quer tirar do currículo. Quando chego ao local do crime é uma boa surpresa. Meu impensado gesto pode ser à vista e com o meu cartão desbloqueado.

Por isso que a recuperação é necessária? Para amadurecer? 

Noite: Que sensação de paz tremenda no meu coração. A vida pode ser no ritmo suave da Graça?

Thereza Christina Pereira Jorge

 

 

 

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