No Uruguai, o país mais idoso do continente, a Política Nacional de Cuidados é estatal desde 2015

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Uruguai é o país da América do Sul com maior número de idosos e onde a Política de Cuidados é responsabilidade do Estado.
Vizinho do Brasil pemitiu funcionamento do comércio e impôs poucas restrições; mesmo assim, pesquisas apontaram que mais de 90% dos uruguaios ficaram em casa; país só teve 22 mortes até agora.

BBC.COM
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Três deputadas da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa que estiveram no Uruguai nesta semana avaliam que avanços obtidos no país vizinho também podem ser implantados no Brasil

Em 2019, três integrantes da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa passaram a semana no Uruguai para conhecer os avanços do país vizinho na atenção aos mais velhos. A presidente da Comissão, deputada Lídice da Mata (PSB-BA), acompanhada das deputadas Leandre (PV-PR) e Tereza Nelma (PSDB-AL), teve audiências com autoridades da área social para saber detalhes sobre o Sistema Nacional Integrado de Cuidados.

Quase 25% dos uruguaios têm mais de 55 anos de idade. As deputadas avaliam que muitos dos avanços obtidos no Uruguai também podem ser implantados no Brasil.

O Sistema Nacional Integrado de Cuidados foi implantado oficialmente no Uruguai em novembro de 2015. O principal objetivo é garantir o direito aos cuidados a idosos, crianças e pessoas com algum tipo de deficiência. Outra intenção é equilibrar a responsabilidade por estes cuidados entre homens e mulheres, após o reconhecimento de que, historicamente, a população feminina tem maior sobrecarga de trabalho nesta atividade.

O sistema conta com uma Junta Nacional de Cuidados, integrada por vários ministérios e responsável pelas políticas públicas do setor. Foi criada também uma Secretaria Nacional de Cuidados. E existe um Conselho Consultivo, do qual participam trabalhadores, representantes do setor privado e das universidades.

Para a deputada Leandre, o sistema criado no Uruguai representa uma mudança de cultura, que surgiu depois de um debate nacional e de uma vontade política de priorizar o atendimento aos idosos. Falando de Montevidéu à Rádio Câmara, ela destacou uma consequência da implantação das mudanças: a melhora na qualificação de quem cuida. Dependendo da renda familiar do idoso, o governo do Uruguai subsidia o serviço de cuidadores, total ou parcialmente.

“Além da pessoa que precisa do cuidado ter direito a esse cuidado, existe também toda uma rede de formação de cuidadores, que acaba tirando muitas pessoas da informalidade através da capacitação”, informou.
Segundo a parlamentar, outro benefício do novo sistema foi a formalização das instituições de longa permanência no país.

Agência Câmara de Notícias
A ilustração de destaque foi cedida pela Revista Pesquisa Fapesp

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